Pelo que você acorda todos os dias?
Por dinheiro ou por um propósito?
Nos últimos tempos venho pensando e sofrendo tentando entender por que é tão difícil ter uma relação profissional transparente. Mas transparente em todos os sentidos, principalmente quando uma das partes está em dificuldade. Problemas, atritos, trocas de ideia, tudo faz parte do jogo, o importante é as partes estarem comprometidas e entenderem que melhorar, crescer, se fortalecer deve ser o objetivo.
Hoje ouvi uma muito boa de um cliente: "problema não se comenta, se resolve". Vou fazer um quadro com essa frase e pendurar na minha parede, pois ela resume exatamente o que eu penso.
Sempre fomentei na minha empresa e nas pessoas que fazem parte dela que quando algo não lhe agrada, incomoda ou aflige, que compartilhe isso, não deixe acumular. Afinal de contas cada um tem seus problemas, suas motivações, ou carrega uma “bagagem” diferente. O exercício da empatia tem que ser diário.
Hoje tenho um negócio pois quero ajudar meus clientes a ter sucesso, e quanto mais eles forem bem sucedidos, melhor será surfar na onda deles.
Meu trabalho é fazer eles decolarem. Me comprometo até a alma, defendo, arrumo briga, até evangelizo, meus amigos são testemunhas disso. Mas às vezes, e não são raras, tenho a impressão de que alguns deles não querem pra eles o que batalho. Parece incoerente, de certo ponto engraçado, mas é verdade.
Mas triste mesmo é quando existe a auto-sabotagem. Isso me derruba, me machuca, pois faz eu perceber que independente do tamanho do meu esforço, nunca serão aquilo que desejo a eles.
Me considero um justiceiro em meio ao mundo canibal dos negócios. Tenho um compromisso com fazer o melhor, querer o melhor, por mais que muitas vezes entregar o melhor não dependa apenas de mim e daqueles que confio.
Faço o que faço não pelo dinheiro, mas por acreditar que existam relações justas, transparentes, onde querer o sucesso do próximo seja recíproco e não uma arcaica relação de cliente e fornecedor. Quem ainda pensa assim só tenho a lamentar, pois não sabe como é gratificante ser feliz vendo o sucesso alheio, isso sim enriquece, mas principalmente, enobrece.
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